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17.5.2022
Bibliotecando em Tomar: Presença após pandemia

Nos dias 6 e 7 de Maio de 2022 realizou-se mais um Bibliotecando em Tomar, o décimo segundo. Este grande fórum de cultura, iniciado em 2010 pelo Agrupamento de Escolas Templários, envolve atualmente as Escolas de Tomar, o Centro de Formação Templários e tem o apoio da Rede de Bibliotecas Escolares, do Instituto Politécnico e Câmara Municipal.

 

Afluíram ao local de realização, o auditório do Instituto Politécnico de Tomar, quase uma centena de participantes e uma trintena de oradores, especialistas no meio cultural, académico e literário do país, distribuídos por sete painéis para reflexão e troca de experiências sobre o tema em debate “Presença e Exílio: leituras em diálogo”.

 

Como não podia deixar de ser, em várias intervenções, a começar pela cerimónia de abertura presidida pelo Presidente da Comissão de Honra do Bibliotecando - Doutor Guilherme de Oliveira Martins, foi invocada a injusta guerra na Ucrânia e uma das suas nefastas consequências: a fuga e exílio de dezenas de milhares de pessoas.

 

Neste Bibliotecando foi feita a homenagem (3º.painel) ao intelectual, professor catedrático, crítico e historiador de arte, sociólogo e fundador do Museu de Arte Contemporânea de Tomar, José Augusto de Rodrigues França, recentemente falecido.

 

No último painel foi entregue o Prémio Bibliotecando à escritora Lídia Jorge (que, nos inícios dos anos 1970 viveu e lecionou em Tomar e na Beira-Moçambique) e que, na impossibilidade de estar presente, agradeceu com uma comunicação on-line verdadeiramente vibrante. A chegar a bela idade de 76 anos (junho 2022), Lídia Jorge tem vasta obra publicada e recebeu mais de vinte prémios literários. Sua obra abrange temas fortes como: guerra colonial, significado das revoluções, tensões do modernismo, conflitos de gerações, ruturas familiares e a emigração.

Na sessão de encerramento foi igualmente entusiasmante o relato do conhecido poeta e escritor tomarense Nuno Gracia Lopes que, enquanto colaborador do DN-Jovem, entrevistou a autora da “Costa dos Murmúrios” com a situação caricata mas real de o seu gravador, na reprodução, ser inaudível (não gravou nada, falta de pilhas). Foi salvo por um grande esforço de memória conjugado com a simpatia da escritora que reviu o seu rascunho com muita amabilidade.

 

Este Bibiotecanto terminou, como já costume, com a apresentação, por Célio Marques do IPT, do tema do próximo Bibliotecando: “Margem e Caminho”.

 

Um dos momentos altos deste evento é sempre o convívio e partilha durante a degustação das maravilhosas sopas no evento associado Congresso da Sopa de Tomar.

 

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