Comemorações dos 50 anos do 25 de Abril – a ONU no Agrupamento de Escolas Templários
A Organização das Nações Unidas é uma organização internacional fundada em 1945, na sequência da II Guerra Mundial. A missão e o trabalho das Nações Unidas são guiados pelos propósitos e princípios contidos na sua Carta fundadora – a Carta das Nações Unidas. O seu principal objetivo é o de unir todas as nações do mundo em prol da paz e do desenvolvimento com base nos princípios da justiça, dignidade humana e no bem-estar de todos. A ONU dá aos países a oportunidade de procurar soluções em conjunto para os desafios do mundo, preservando os interesses e a soberania nacional.
O secretário-geral das Nações Unidas é o português, António Guterres, situação única de afirmação da diplomacia nacional no mundo e que muito nos deve orgulhar enquanto portugueses. Atualmente, a ONU é composta por 193 Estados membros e nela trabalham milhares de funcionários empenhados na paz e defesa intransigente dos Direitos do Homem.
Na sequência de uma semana dedicada às Comemorações dos 50 anos do 25 de Abril, em que se viu, discutiu, pensou, desenhou, sentiu e cantou sobre os direitos fundamentais que Abril nos deu, o grupo disciplinar de História decidiu concluir as atividades deste cinquentenário com uma palestra que, no fundo, demonstrasse a importância dos valores de Abril no mundo. Daí nasceu a vontade de ter connosco o Dr. António Ferrari, responsável pela comunicação das Nações Unidas para Portugal.
De auditório cheio, recebemos, no dia 26, sexta-feira, o Dr. António Ferrari, honrados e felizes pela sua presença, pois premiou-nos com uma reflexão profunda sobre os enormes desafios que o mundo se debruça na atualidade. É muito importante recordar a História e os seus momentos mais emblemáticos, mas pensar o presente e perspetivar o futuro também é de valor igual e fundamental.
O Dr. António passou em jeito de revisão várias temáticas deveras preocupantes, alertando para os Direitos do Homem, que continuam a ser desrespeitados em determinadas regiões do globo, nomeadamente no que diz respeito às mulheres e crianças, sempre as mais desprotegidas em locais de conflito, passando pelas agonizantes guerras da Ucrânia e Palestina, cujas imagens perturbadoras nos chocam diariamente através da televisão e internet, passando pela apocalíptica questão climática, que já enfrentamos e continuaremos a enfrentar no futuro, até ao papel que a ONU e TODOS nós poderemos ter na definição e combate a todas estas formas de exclusão, pobreza e instabilidade mundiais.
Tudo foi abordado de forma magistral pelo Dr. António, alguém que nos falou de um saber de experiência própria.
A cidadania passa pela consciência de que muito foi feito, verdade, mas, sobretudo, que ainda há muito mais a fazer em prol da defesa de um mundo justo, igual em que todos os Homens possam viver em paz e harmonia. Há cinquenta anos atrás, os nossos avós abriram-nos as portas para a Liberdade, agora somos convocados a assumir plenamente esta conquista e a lutarmos pelo mundo, pelos direitos de todos os Homens e todos os seres vivos, no fundo, pelo nosso futuro!