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31.1.2024
Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto

Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto

A 27 de janeiro assinala-se, anualmente, o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto. Este dia foi implementado através da Resolução 60/7 da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), a 1 de novembro de 2005.

A data marca a libertação do campo de concentração de Auschwitz-Birkenau e tem por objetivo homenagear as vítimas do nazismo. A mesma resolução apoia o desenvolvimento de programas educacionais que mantenham a lembrança do que ocorreu durante o Holocausto prevenindo assim futuros genocídios.

De acordo com esta importante resolução da ONU e tendo em conta o contexto internacional em que nos encontramos, marcado por perigosos revisionismos históricos e onde as fake news cavalgam as ondas da ignorância nas redes sociais, o grupo disciplinar de História decidiu assinalar esta data no Agrupamento, através da organização de uma exposição na Biblioteca Escolar da Escola Secundária Jácome Ratton sobre o Holocausto.

Para além da exposição, esta atividade foi acompanhada por uma conversa/palestra promovida pela Dra. Joana Liebermann no Auditório da Escola Secundária, que nos trouxe o testemunho da avó, Zina Kleinmann, uma sobrevivente do genocídio nazi. Este testemunho humanizou o evento, deslocando os alunos de um campo meramente disciplinar para um saber pessoal, emocional e apenas transmissível por alguém que o vivenciou. A voz de milhões de judeus mortos nos campos de concentração ecoou nas paredes do auditório através da voz da Dra. Joana e, sobretudo, na consciência dos nossos alunos, alertando-os para o que não devia ter acontecido e que não pode, de forma alguma, ser repetido - “Para que ninguém esqueça o que o racismo e antissemitismo geraram e podem gerar se não nos mobilizarmos em massa contra este tipo de fenómenos que, infelizmente, voltaram aos escaparates dos nossos jornais.”

Apesar da lugubridade do tema, a sessão terminou com uma mensagem positiva. Zina Kleinmann recusou viver na angústia e no ódio e optou por viver a vida – “Nunca conheci uma pessoa tão sorridente. A minha avó estava sempre a sorrir!” Zina Kleinmann foi feliz, agarrou a vida e tornou-a numa história feliz, uma história de perdão, paz e respeito pelo outro.

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